Futebol Carioca .
IDOLO DO BONSUCESSO- CONHECENDO UM POUCO SOBRE A LENDA CHAMADA
GRADIM !
Podemos iniciar este texto com um questionamento: quem é o maior ídolo do Bonsucesso, Gradim ou Leônidas da Silva? Aquele que teve mais nome ou o que marcou mais gols? Discussões à parte, ambos marcaram época no Leão da Leopoldina e ajudaram a levar o time do subúrbio carioca ao reconhecimento internacional.
Os dois foram protagonistas na conquista da Copa Rio Branco em 1932, brilhando contra o Uruguai e despertando o interesse de clubes do Brasil e da Europa. Leônidas, o "Diamante Negro", e Gradim receberam uma enxurrada de convites para atuar em outras equipes, mas suas trajetórias começaram no Bonsucesso, onde deixaram um legado inesquecível.
Mas aqui, a intenção é destacar a magnífica história de Gradim...
Antes de se tornar o Gradim, ele nasceu no dia 15 de junho de 1908, em Vassouras, e seu nome de batismo era Francisco de Souza Ferreira. Chegou ao Rio de Janeiro aos 9 anos de idade e foi criado pelas ruas do Engenho de Dentro. Começou a rolar a bola na Praça Rio Grande (antes chamada Praça Pernambuco).
Na época em que o Engenho de Dentro ainda tinha ruas iluminadas por lampiões a gás, Gradim já desfilava um futebol de encher os olhos. Desde pequeno, chamava atenção jogando nas ruas escuras, sempre com uma bola nos pés, logo de manhã cedo.
Sua carreira como futebolista começou em 1925, no Esporte Clube África, jogando pelo juvenil. Esse clube ficava na Rua Luís Carneiro e, incrivelmente, o garoto já recebia uma "merrequinha" para atuar — cerca de 12 mil réis.
Sua estreia aconteceu no campo do América, contra o Esporte Clube Brasil, de Piedade. No entanto, sua trajetória no juvenil foi curta: em apenas três jogos, já demonstrava do que era capaz.
Em 1926, transferiu-se para o Engenho de Dentro, juntando-se ao seleto grupo de jogadores que vestiram a camisa do lendário time suburbano. A convite do goleiro Hermógenes, reforçou o segundo time da equipe, jogou apenas duas partidas e rapidamente foi promovido ao elenco principal.
Quando parou de jogar, teve uma carreira sólida como técnico. Mas engana-se quem pensa que sua trajetória como treinador começou após a aposentadoria. No final de 1927, aos 19 anos, recebeu sua primeira oportunidade: convidado por Manoel Caballero, importante dirigente do Bonsucesso, comandou o terceiro time do clube na final de um campeonato contra o Flamengo. O Leão da Leopoldina acabou derrotado, mas Gradim surpreendeu a todos com seu desempenho no comando da equipe.
Pouco depois, foi contratado pelo Bonsucesso, atraído pelo ambiente amistoso do clube e do bairro. Lá, ajudou na conquista da Liga de 1928. No ano seguinte, integrou a Seleção Carioca B. A equipe era formada pelos seguintes jogadores:
Seleção Carioca A: Amado; Penaforte e Élcio; Nascimento, Floriano e Fortes; Pascoal, Osvaldinho, Russinho, Nilo e Teófilo.
Seleção Carioca B: Jaguaré; Domingos e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Tinduca, Ladislau, Gradim, Baianinho e Santana.
A vida de Gradim, no entanto, mudaria completamente a partir de sua estreia na primeira divisão do Rio, com sua parceria com Leônidas, o título da Copa Rio Branco e uma excursão ao Uruguai.



Muito bom
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