SÉRIE D2025- FIM DA PRIMEIRA FASE
CAMPEOANTO BRASILEIRO SERIE D 2025
A primeira fase acabou e temos os 32 classificados e equipes tradicionais eliminadas.
GRUPO A -SÉRIE D DO BRASILEIRÃO.
Classificados : Tuna Luso , Manaura, Manaus e
Independência.
Desclassificados: Àguia de Marabá, Trem, Gás e Humaita.
Quem conhece o futebol brasileiro talvez esperasse mais
da campanha do Águia de Marabá na Série D. A equipe, que vem se consolidando
como uma força emergente no futebol paraense, chegou a ameaçar a hegemonia de
Paysandu e Remo, e busca firmar-se como a terceira potência do estado,
superando a tradicional Tuna Luso. No entanto, a participação na atual Série D
acabou sendo frustrante, ficando aquém das expectativas.
Por outro lado, quem surpreendeu foi o campeonato
acreano, mais especificamente o Independência Futebol Clube. Bicampeão estadual
(2024–2025) e considerado o terceiro maior clube do Acre, o "Tricolor de
Aço" está em sua primeira participação na Série D e já garantiu uma
excelente classificação para a segunda fase. O próximo desafio será contra o Altos,
tradicional equipe do Piauí. Apesar de o adversário ser o favorito, o
Independência tem mostrado força e pode, sim, fazer história no cenário
nacional.
O líder do grupo foi a Tuna Luso Brasileira, tradicional
equipe do Pará. Bicampeã nacional — com títulos na segunda e terceira divisões
—, a Tuna sonha em escrever mais um capítulo glorioso em sua trajetória. A meta
é clara: voltar à Série C e, futuramente, à Série B, onde poderá novamente
enfrentar de igual para igual seus rivais Paysandu e Remo, revivendo clássicos
em âmbito nacional.
GRUPO A2 -SÉRIE D DO BRASILEIRÃO.
Classificados : Altos, Imperatriz, Sampaio Correa e
Maranhão
Elimiandos : Iguatú, Tocantinópolis, Parnayba e Maracanã
Neste grupo, não tivemos grandes surpresas, mas algumas
decepções se destacam — a principal delas é a equipe do Maracanã-CE. Nos
últimos dois anos, o clube figurou entre os três melhores do futebol cearense,
ficando atrás apenas de Fortaleza e Ceará, e superando inclusive o tradicional
Ferroviário. No entanto, na atual Série D, o desempenho foi decepcionante: o
Maracanã terminou com a pior campanha do grupo, muito abaixo do que se
esperava.
Outro destaque negativo foi o Iguatu, que vinha de um
crescimento expressivo no cenário estadual. A expectativa era de uma boa
campanha nacional, mas o desempenho também ficou aquém do esperado.
Entre os classificados, o Sampaio Corrêa teve uma
campanha sólida. Tentando retornar ao protagonismo do futebol brasileiro, o time
terminou na terceira colocação do grupo. Apesar de ter perdido poucas vezes, o
excesso de empates impediu uma campanha ainda melhor — situação semelhante à do
Maranhão, que tem uma equipe tecnicamente forte, mas empatou mais do que venceu
ou perdeu.
Comparando com o ano anterior, houve uma melhora do Altos
e uma queda de desempenho do Maranhão. Em 2024, o Maranhão havia liderado o
grupo, enquanto o Altos ficou na segunda posição. Em 2025, os papéis se
inverteram: o Maranhão caiu de rendimento, e o Altos voltou a apresentar um
futebol mais competitivo.
GRUPO A3 -SÉRIE D
DO BRASILEIRÃO.
Classificados : AMérica-RN, Santa Cruz, Central e
Ferroviário
Desclassificados : Horizonte, Santa Cruz-RN, Treze e
Sousa.
Apesar da classificação dos favoritos do grupo,
esperava-se mais de Sousa e Treze-PB. O Sousa, que ganhou notoriedade nacional
por suas boas campanhas na Copa do Brasil e é o atual bicampeão paraibano,
decepcionou. A expectativa era que brigasse pelo G4 até as últimas rodadas, mas
oito derrotas ao longo da competição acabaram comprometendo a campanha e
encerraram de forma precoce o ano do "Dino".
Já o Treze, um dos clubes mais tradicionais da Paraíba e
vice-campeão da Série D em 2018, também teve uma participação frustrante. Com
uma campanha irregular e abaixo das expectativas, o clube terminou apenas na
sétima colocação, encerrando o ano de maneira lamentável.
O grande líder do grupo foi o América-RN, que mostrou
força na reta final e soube superar o Santa Cruz no momento decisivo. O
“Santinha”, por sua vez, começou bem a competição, mas enfrentou oscilações e
problemas internos, o que impactou diretamente sua consistência. Ainda assim, a
segunda colocação veio com certa tranquilidade, e o projeto de retorno à Série
C em 2026 segue vivo.
Outro destaque foi o Ferroviário-CE, que nos últimos anos
se transformou em uma equipe oscilante entre as Séries C e D, uma verdadeira
“gangorra” do futebol brasileiro. Agora, o clube cearense busca mais uma vez o
acesso à Série C, com um elenco competitivo e experiência recente nesse tipo de
disputa.
GRUPO A4 -SÉRIE D DO BRASILEIRÃO.
Classificados: ASA, LAGARTO , SERGIPE E JUAZEIRENSE .
Desclassificados: UNIÃO,JEQUIÉ,BARCELONA DE ILHÉUS E
PENENDENSE.
Neste grupo, não tivemos grandes surpresas. De fato,
dentro do contexto da Série D, trata-se de um grupo composto majoritariamente
por equipes de menor expressão no cenário nacional, com poucas aparições em
divisões superiores.
As equipes com maior reconhecimento são ASA, Sergipe e
Lagarto. Entre elas, o ASA de Arapiraca se destaca por seu histórico mais
marcante: o clube já protagonizou boas campanhas na Copa do Brasil, inclusive
eliminando clubes da Série A em outras temporadas, o que lhe rendeu certa
projeção nacional.
O Sergipe, tradicional no futebol sergipano, também é
conhecido por suas participações regulares em competições nacionais, embora com
campanhas modestas nos últimos anos. Já o Lagarto é um clube em crescimento,
tentando se firmar como força emergente em Sergipe.
Mesmo sem grandes nomes ou favoritos absolutos, o grupo
teve equilíbrio e boas disputas. A classificação veio de forma coerente com o
que se via em campo, sem grandes reviravoltas ou surpresas.
GRUPO A5 -SÉRIE D DO BRASILEIRÃO.
Classificados:
Aparecidense. Ceilândia, Luverdense e Mixto
Desclassificados:Capital, Goiania, Goianésia e Porto
Velho.
Sem dúvidas, este foi um dos grupos mais equilibrados em
termos de tradição das equipes, com representantes de estados importantes do
futebol regional. Mas o improvável aconteceu: a Aparecidense não apenas fez a
melhor campanha do grupo, como também a melhor campanha de toda a Série D,
somando 32 pontos, com o melhor ataque e a melhor defesa da competição.
Sob o comando de Lúcio Flávio, a equipe goiana chega como
uma das grandes favoritas ao acesso para a Série C de 2026, mostrando
consistência tática, força ofensiva e maturidade competitiva.
O Mixto-MT, tradicional equipe do Mato Grosso, garantiu a
classificação na quarta colocação, atrás da Luverdense, que já teve passagem
marcante pela Série B e até chegou a sonhar com o acesso à elite. Apesar da
queda nos últimos anos, a Luverdense dá sinais de recuperação e pode surpreender
na fase eliminatória.
Já o Capital-DF é uma das decepções do grupo. Com boas
campanhas recentes no campeonato candango — duas vezes vice-campeão e duas
vezes em terceiro lugar nas últimas quatro edições —, esperava-se mais da
equipe na Série D. No entanto, o desempenho abaixo do esperado encerra a
participação do clube de forma precoce.
GRUPO A6 -SÉRIE D DO BRASILEIRÃO.
Classificados: Portuguesa-SP, Rio Branco-ES, Àgua
Santa-SP e Maricá
Eliminados: Porto Vitória, Pouso Alegre, Nova Iguaçu e
Boavista.
No início da competição, os clubes paulistas e cariocas
eram apontados como os grandes favoritos do grupo, com o Pouso Alegre correndo
por fora. No entanto, o que se viu foi um verdadeiro vexame dos clubes do Rio
de Janeiro.
O Maricá, mesmo com uma campanha instável, conseguiu se
classificar na última rodada, beneficiado por resultados paralelos — incluindo
a colaboração do Nova Iguaçu, que acabou eliminado. Vice-campeão carioca em
2023, o Nova Iguaçu mais uma vez caiu ainda na primeira fase da Série D,
demonstrando falta de equilíbrio e constância ao longo da campanha.
Outra decepção foi o Boavista, clube que recentemente se
tornou uma SAF e que montou um elenco com boas expectativas. Contudo, o
desempenho ficou aquém do investimento, frustrando os planos do clube de
alcançar voos mais altos.
Por outro lado, quem surpreendeu positivamente foi o
tradicional Rio Branco-ES. Com boa gestão e investimento sólido, o clube
capixaba vai retomando o protagonismo que já teve em décadas passadas e promete
ser um nome forte nesta reta final da Série D.
Já os clubes paulistas brilharam. Mesmo com o
rebaixamento no Paulistão, tanto o Água Santa quanto a Portuguesa mostraram
força na Série D. O Água Santa se classificou em terceiro lugar, com reais
chances de avançar na fase eliminatória. Já a Portuguesa "nadou de
braçadas" na liderança do grupo e, ao lado do time goiano ( Aparecidense),
é vista como uma das favoritas ao acesso para a Série C em 2026.
E convenhamos: o lugar da Lusa definitivamente não é na
Série D. Um clube com sua história, torcida e tradição tem plenas condições de
voltar a ocupar o espaço que merece no cenário nacional.
GRUPO A7 -SÉRIE D DO BRASILEIRÃO.
Classificados : Inter de Limeira, Cianorte, Goiatuba e
Cascavel
Desclassificados: Uberlândia, Monte Azul ,Itabirito e
Operário.
O rebaixamento no Campeonato Paulista foi um duro golpe
para a Inter de Limeira, mas o trabalho consistente da diretoria e da comissão
técnica deu resultado: a equipe do interior paulista conseguiu a classificação
para a segunda fase da Série D com destaque. Com uma campanha sólida, a Inter
terminou com a terceira melhor campanha geral da competição, o que lhe garante
vantagens importantes nos confrontos eliminatórios, como decidir em casa.
Por outro lado, os clubes mineiros decepcionaram. O
Itabirito, que começou o ano com grande investimento e a contratação de
jogadores experientes — os chamados "medalhões" —, não conseguiu
corresponder dentro de campo. O desempenho foi muito abaixo das expectativas e
a equipe encerrou a competição com uma das piores campanhas da Série D 2025.
No geral, a participação dos times de Minas Gerais ficou
bem aquém do esperado, considerando a tradição do estado no futebol nacional.
GRUPO A8 -SÉRIE D DO BRASILEIRÃO
Classificados: São José, Barra, Marcílio Dias e Joinvile
Eliminados: São Luiz, Azuriz,Brasil de Pelotas e Guarany
Último grupo da Série D, e com ele veio também uma das
notas mais tristes da competição: a eliminação do Brasil de Pelotas. Um clube
tradicional do Rio Grande do Sul, com história na Série B e até passagens
marcantes na Copa do Brasil, o Xavante vai amargar mais uma temporada na última
divisão nacional. É uma realidade dura para uma equipe que, por tradição e
torcida, merecia estar em patamares mais altos do futebol brasileiro.
Quem também chamou atenção, embora com final mais feliz,
foi o Joinville. O clube catarinense, que em 2016 disputava a Série A, viveu um
verdadeiro colapso administrativo e financeiro nos últimos anos. Após quase
fechar as portas, o JEC agora tenta se reerguer. A classificação veio no
limite, mas representa um passo importante para um clube que, aos poucos, busca
retomar o seu lugar no cenário nacional.
OS 32 CLUBES CLASSIFICADOS.

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